Guia Rápido

Tipo de doença

Genética crônica ou adquirida

Principais sintomas da displasia coxofemoral em cães

Diminuição da atividade, dificuldade ou relutância em saltar, levantar, pular, correr ou subir escadas, dor, perda de massa muscular da coxa, estalos ao andar, mancar, redução dos movimentos e sentar-se de lado

Tratamento para displasia coxofemoral em cães e cura

Não tem cura, mas pode ser controlada com diversas formas de tratamento que vão desde a perda de peso, uso de medicamentos, fisioterapia e até cirurgia

Como prevenir

Não existe prevenção, mas alguns cuidados podem dar mais qualidade de vida ao cachorro e faz com que os sintomas aparecem mais tarde. Além disso, ao adotar um animal, verificar se seus pais têm a condição, o que aumenta suas chances de ter

O que é?

A displasia coxofemoral em cães é uma condição esquelética muito comum que é causada por uma má formação da articulação do quadril e também por tecidos moles próximos, ou seja, a musculatura, tendões e ligamentos da região. Com isso, a junção entre a bacia e o fêmur não se desenvolve corretamente. Por consequência, ao invés de deslizar suavemente durante os movimentos, as partes acabam se esfregando uma na outra.

É uma doença difícil tanto para os tutores, ao testemunharem o sofrimento, como para os animais que sentem dores e têm restrição de movimentos por causa da displasia coxofemoral em cães. Ao longo do tempo, esse atrito causa desgaste e pode provocar perda de função. Em outras palavras, leva à paraplegia do animal.

Sintomas

Os sintomas da displasia coxofemoral em cães se apresentam de acordo com a gravidade da situação, com o grau de inflamação, das folgas nas articulações e da duração da doença. Há cachorros que apresentam sintomas bem jovens, com cerca de quatro meses de idade, enquanto outros, somente quando mais velhos ou com o desenvolvimento da artrite à medida que envelhecem. Veja quais são os principais sintomas da displasia coxofemoral em cães:

  • Diminuição da atividade
  • Redução da amplitude (limitação) de movimento
  • Hesitação ao usar os membros traseiros
  • Dificuldade ou relutância em saltar, pular, correr ou subir escadas
  • Perda da massa muscular da coxa
  • Dor
  • Rigidez dos membros
  • Crescimento dos músculos do ombro (para compensar os membros traseiros)
  • Sentar-de lado
  • Mancar
  • Perda ou alteração de mobilidade
  • Arrastar-se para andar
  • Estalos ao andar

Causas

A displasia coxofemoral em cães possui diversas causas. A principal delas é a genética. Essa má formação nas articulações é hereditária e afeta principalmente cachorros grandes e gigantes como pastor alemãolabrador retrieverdogue alemãorottweiler, entre outros. No entanto, isso não descarta o aparecimento do problema em raças de pequeno porte.

Além da predisposição genética, existem outras razões que contribuem para que a displasia coxofemoral em cães ocorra. A carga nutricional do cardápio do pet e a qualidade dos alimentos influenciam diretamente na doença. Cachorros de grande porte necessitam de uma alimentação especial e bem formulada. Isso ajuda na saúde do animal e na prevenção do crescimento excessivo.

Ao crescerem, as articulações dos cachorros com displasia coxofemoral não se formam corretamente, causando distúrbios esqueléticos e a degeneração das articulações. Daí a importância de não acelerar o crescimento de filhotes de raças de grande porte com rações hipercalóricas ou cheias de proteína.

Outro motivo é o ganho de peso e a obesidade canina. Ao engordar ocorre um estresse nas articulações que podem tanto agravar a pré-existência da doença como causá-la. A falta e o excesso de atividades físicas, bem como lesões, também contribuem e afetam essa condição.

Tratamento e Prevenção

Às vezes, o diagnóstico da displasia coxofemoral em cães é bem simples. No check-up regular do cachorro, o veterinário pode identificar a doença facilmente. Em outros casos, é preciso realizar alguns testes, exames físicos e radiografia para ter um diagnóstico correto. A radiografia auxilia ainda a descobrir qual é o melhor tratamento para cada animal.

Se a doença for comprovada, o tratamento é feito de diversas maneiras. Em geral, quando o caso é leve ou moderado, a recomendação é a perda de peso, restrição de atividades físicas, fisioterapia, medicações, suplementos e até acupuntura.

Nos casos graves, pode ser realizada uma cirurgia. O cirurgião pode optar por implantar uma prótese total do quadril para minimizar a dor e devolver a funcionalidade. Outra alternativa é realizar uma osteotomia (cirurgia corretiva) nos casos de cachorros que não tenham artrite. Além dessas, existem diversas outras técnicas que podem ser aplicadas na cirurgia, e a melhor depende da situação de cada animal.

Como prevenir a displasia coxofemoral em cães

A displasia coxofemoral em cães é uma doença difícil de ser prevenida e, mesmo tomando todos os cuidados, há cachorros que infelizmente vão sofrer desse mal de um jeito ou de outro. Porém, algumas ações podem reduzir o desenvolvimento dessa condição.

– Alimentação: alimente o seu filhote com uma dieta balanceada e apropriada, especialmente se seu cachorro for de raça de grande porte. Isso ajuda a desenvolvê-lo de forma saudável e evita o crescimento excessivo.

– Prevenção da obesidade: tome cuidado com o ganho de peso do animal, evitando dar comidas gordurosas ou que fujam da alimentação saudável que seu pet precisa ter. Promova a quantidade adequada de atividades físicas – mas sem exagerar, no caso de animais com tendência a ter displasia coxofemoral.

– Suplementos: o uso de suplementos, especialmente aos cães com maior propensão a desenvolver artrite, pode ajudar a diminuir os sintomas da doença. Converse com o seu veterinário para saber a melhor opção para seu cachorro.

– Cuidados com o ambiente: evite pisos com textura lisa e prefira carpetes, pisos emborrachados e de textura áspera. O piso de textura lisa faz com que o cachorro precise de mais força e equilíbrio para completar o movimento, causando dor e desconforto, podendo agravar o quadro.

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Comentários

  • José

    Muito bom o post. Minha filha tem um Golden que precisou substituir as articulações da bacia por próteses. Está se recuperando da segunda cirurgia (3 meses depois da primeira) e parece que ficará bem melhor. É um tratamento bem caro mas, no caso dele, foi a única opção, pois a displasia era bem grave.

    8 de abril de 2019

  • Nadir

    Linguagem clara e de fácil entendimento. Muito bom!!!

    10 de março de 2019

  • Rose

    Com uma linguagem clara e explicativa para falar da Displasia coxofemural.

    27 de fevereiro de 2019

  • Maria Jose De Barros Antunes

    Tirou duvidas

    18 de dezembro de 2018

  • Angela

    Tenho uma golden com displasia, faço tratamento com acunpultura e suplementos , anti-inflamatórios naturais etc, mas tenho muito medo quando ficar mais idosa , ela tem 7 anos. Não sei se faço um plano de saúde para ela , pois temo que se tiver que fazer uma cirurgia , ficará muito caro ! Alguém pode me indicar um bom plano de saúde e quanto custa um cirurgia desse porte?

    7 de abril de 2020